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quarta-feira, 7 de julho de 2010

Peleja

No Pelourinho pelava-se a pele.
Negro pelado,
sem cor.

Hoje no Pelourinho
só pelo lourinho.

(Eryck Magalhães, Ecos e outros versos, 15)

Descobrimento

No meio da mata fechada
a índia nua e virgem...

O português cristão
nunca amou tanto o próximo
como a si mesmo.

(Eryck Magalhães, Ecos e outros versos, 36)

Inconsciente negro

A dor de ser crioulo sarará?

(Eryck Magalhães, Ecos e outros versos, 30)