No interior,
facilmente se encontra pés de amora
e debaixo deles se namora.
Quando criança, no caminho de volta da escola
gostoso era comer amora,
colher amora...
ajudar as meninas a trepar nos galhos mais altos,
segurá-las pelas mãos...
Colocar amoras (as mais suculentas)
em suas bocas,
e observar o doce suco da fruta
tingir-lhes os lábios.
Chegar em casa de roupas manchadas
e ouvir as queixas de mamãe:
"suco de amora não sai da roupa"
e da memória.
(Eryck Magalhães, Ecos e outros versos, 57)
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